Produção de Energia Elétrica e Biometano – Multee Energia

A cada dia novas plantas de produção de biogás entram em operação pelo país mas um olhar mais atento destaca alguns projetos que possuem um nível tecnológico bem diferenciado.

A indústria da construção de biodigestores avança a passos largos com a exigência ambiental a cada dia mais restritiva mas, ao mesmo tempo, impulsionada por empreendedores que buscam ganho adicional com o tratamento do resíduo e com a produção de biogás para a geração de energia elétrica e para o biometano.

O biometano é um substituto do gás natural e do GLP, principalmente, para uso industrial ou no setor de transporte como combustível. As indústrias que fazem uso deste combustível, principalmente distante do suprimento de gás natural, conseguem obter uma grande redução no custo do combustível. Claro, sem falar na questão ambiental.

Diante deste cenário, a Multee vem atuando como destaque na implantação de plantas mais tecnificadas para o tratamento de diversos tipos de resíduos agroindustriais com surpreendente produção de biogás e consequentemente de biometano.

No Estado de São Paulo, uma nova planta vem ganhando contornos cada dia mais surpreendentes com o imponente tanque de concreto armado que permitirá o tratamento de resíduos oriundo da produção leiteira da propriedade. São 70 toneladas diárias de resíduos que entram nos biodigestores de concreto armado, isolamento térmico e aquecimento sofisticado. Os resíduos são decompostos pela ação das bactérias presentes que resultaram na produção de biogás e em um efluente mais estável e próprio para ser utilizado na própria propriedade para o cultivo de gramíneas.

Mas a novidades não está propriamente aí, está no biogás que será transformado em biometano para o abastecimento de veículos da propriedade. Segundo o Eng. Marco Galhardo, CEO da Multee Biogás, será produzido 2.500 m3 de biogás por dia em média, podendo chegar até 4.000 m3 a depender da complementação de resíduos no biodigestor. Ele esclarece que a tecnologia aplicada neste projeto é equivalente ao que é utilizado atualmente em países como Alemanha e Itália e permite a utilização de diversos resíduos agroindustriais da propriedade. Ele mesmo já avalia que independente do tamanho do projeto, será sempre aquém da demanda do mercado local e da própria necessidade da propriedade que consumirá todo o combustível em seus tratores, carros e caminhões que potencialmente poderão ser convertidos em biometano, tecnologia bi-fuel já disponível.

Toda a tecnologia é fornecida pela Multee Biogás que entre os sócios estão o Eng. Agrônomo Marco Galhardo e o Dr. Eng. Químico André Amaral, ambos especialistas em produção de biogás, energia elétrica e biometano. Claro, toda esta tecnologia tem custo superior aos tradicionais biodigestores do tipo lagoa coberta que era construído no início dos anos 2.000 com os projetos de crédito de carbono.  Apenas a título de comparação, uma lagoa coberta, como é chamada, pode produzir em média de até 0,3 m3 de biogás por m3 de tanque com o custo de R$100,00 por m3 de tanque mas tem a desvantagem de não permitir uma produção constante e confiável de biogás.  Já os reatores produzidos pela Multee podem produzir até 4 m3 de biogás por m3 de reator com o custo R$200,00 por m3. Claro, não precisa fazer muita conta para entender que a tecnologia tem seu preço mas o lucro é muito superior. Enfim, não existe milagre e nem lanche grátis.

A Multee Biogás não revela o faturamento da empresa, mas já é responsável pelo fornecimento de centenas de unidades de consumo de energia elétrica em todo o país, fornecimento de biometano para uso industrial e tratamento de resíduos agroindustriais.

Para mais informações, procure: biogas.agr.br